quarta-feira, 28 de março de 2012

Passeio pelo Inferno!



     O que me diria depois de voltar do inferno e observar da cabine, o diabo sorrindo e colocando o povo pra dançar na pista, todos zumbis loucos, até abastecidos de álcool na mente, e respirando sexo, libertinagem, liberdade, poligamia e tesão. Que zumbis mas sem noção, não? Mas, eu, apenas observei, e fiquei excitado com as mulheres exuberantes, rebolando sensualmente. Cada qual olhando e desejando ser desejada. Desejei muitas e permiti a quem estivesse comigo que desejasse também.  O desejo é um combustível da psique humana que pulsa o coração e descarrega adrenalina no corpo todo. O perigo, o proibido, o escondido, o censurado, o fora do comum, o condenável, e o que muitos gostariam de fazer mas não tem coragem. E isso me diverte, e muito. Vocês não sabem o quanto é excitante não ter limites certas noites. E que se foda o politicamente correto, os que precisam agradar o tempo todo, para tentar ser uma pessoa no mínimo tolerável. Ou o filhinho de papai que me acha um louco. Fuck!!! Fui sim, lá embaixo, onde as os seres se entregam e deixariam o deus grego Dionísio rubro de vergonha, com água na boca e marques de sade orgulhoso.  Consegue Ouvir essa gargalhada insâna? A luz das velas vermelhas e pretas? Pois se você só conhece a luz entenda que sem a escuridão não haveria nenhuma necessidade de sua presença e que saber lidar com os dois mundos sem se contaminar ou se entregar completamente a um deles é uma arte também. Perigosa de fato, que pode viciar, mas sem dúvida nenhuma interessante, divertida e necessária. Amo mais as pessoas quando elas estão dormindo. Estranho não? Não. Gosto da facilidade de dizê-las o quanto amo-as sabendo que não vão escutar, pra depois não usar minhas próprias palavras contra mim mesmo. Do carinho no corpo inerte, respirando fundo, ás vezes até babando de cansaço. Pois os gemidos e toda aquela penumbra que me permitia suar e me esfregar em outros corpos. Sentir odores diferentes, gostos de bebidas diferentes, nas quais eu nunca tinha degustado aqui na realidade, texturas com as quais jamais fiz contato e talvez nunca mais encontre. Todos disponíveis para a mesma aventura. Todos atentos a quem estava ao lado. Luzes vermelhas, quartos trancados, neon, fumaças coloridas, cheiro do sexo... Voltei com a imagem de peitinhos diferentes disponíveis para meus lábios. Que delicia. Com o olhar intenso sobre minhas mãos que vagavam entre as pernas daquelas que se ofereciam a mim facilmente. Olhos semi serrados, vermelhos, cabelos coloridos, roupas pretas, molhadas de suor e a consciência de que sou um pecador nato. E que se foda.  De volta ao silêncio do lar, um suco com biscoito de polvilho, meu incenso aceso.  As roupas jogadas pelo chão. Fumaça, meu remédio e nenhuma culpa. ASUHasuhuHSUa NENHUMA CULPA. No meio daquela loucura um cara me reconheceu. Então dediquei um brinde do meu Whisky a sua falta de bom senso. Não se reconhece ninguém naquele lugar. Mas ele era um cretino simpático. Vou deitar sem tomar banho, com o cheiro do inferno no meu corpo, depois rezo uma reza particular, tomo um banho de sal grosso e volto ao mundo real e as hipocrisias  do cotidiano.  Mas saiba que nos porões da madrugada, todos somos iguais e não importa a sua intenção. Eu quero te encontrar e tomar posse da sua alma, hahahahahaha. Se quiser me busque por ai. Vou me deliciar durante semanas com todas as cenas que registrei em minhas memórias e você pode continuar fazendo o que estas fazendo, somos iguais. De otários aos a espertos. Quando destaco por algo diferente, não é que esteja querendo aparecer, ser o melhor, não não, sem essa. É simplesmente porque pensamos de forma distinta e essa é a riqueza da vida, se você não tem coragem de fazer o que tem vontade, não me julgue e não julgue quem faz. O que tenho na verdade é vontade mesmo, desejo e tesão pelo o que tenho, dê graças a Deus, pois nossas diferenças são fundamentais na aquarela desse hospício a céu aberto. Se algum dia me arrepender de tudo isso, não terei qualquer vergonha em assumir. Contudo, achei engraçado quando olhei para a cabine do Dj e vi o diabo sorrindo pra mim. Deus que me livre!!!


Obrigado!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sonhadores...

     Marquinhos, conhecido em sua comunidade como Marquinhos Cabeção. Era apenas mais um moleque cheio de sonhos em meio a tanta Miséria. Seu Pai pra variar era um Alcoólatra, sua mãe uma guerreira que vivia de bicos para ajudar a Família. Que Família? Aquilo era realmente uma Família?
     Marquinhos tinha um irmão, mas não chegou a conhecê-lo. Ele morreu na mão dos Policiais enquanto fazia furtos para talvez, alimentar-se. Seu Pai, alcoólatra, não te ajudava em nada, nunca ligou em ir até o colégio em que Marquinhos estudava para saber sobre o seu comportamento na sala de Aula. Muito menos perguntava sobre suas notas. Marquinhos vivia no metaforicamente falado 'Inferno'. Seu Pai batia na sua Mãe quando chegava em casa de Madrugada Bêbado atrás de dinheiro para sustentar seus vícios, muitas das vezes Marquinhos entrava na briga para defender sua inofensiva Mãe, e em algumas das vezes, a peia sobrava pra ele também. Marquinhos, tinha apenas 11 anos de Idade, e tinha um Grande sonho. Advinha? Queria ele ser quando crescer um Jogador de Futebol, principalmente do Flamengo. Esse era seu grande sonho, ele treinava em um timezinho da comunidade. O Treino pra ele talvez fosse sua única diversão. Alí era o único canto que ele tava fazendo o que realmente almejava na vida, correndo atras de uma Bola, fazendo Gols.. O Tempo foi se passando, e as coisas cada vez mais difíceis em seu Barraco. Marquinhos foi tomando novos horizontes, começou a ter nossas experiências, idéias, objetivos, interesses em bens materiais. A vaidade predomina o Mundo! Ele via os play boys  bem vestidos, de Nick Chox, carros luxuosos subindo e descendo o morro na favela para satisfazer seus vícios. Vida boa, cheio de mulheres, uma realidade que passava distante, muito distante daquele do moleque miserável e sonhador, Marquinhos. Sua Mãe não tinha dinheiro para ele ir aos Bailes, para se divertir um pouco, fazer pelo menos UM amigo. Estudos? Foi a primeira coisa que Marquinhos deixou de lado, sentia ele necessidades de trabalhar para ganhar um trocado e brincar um pouco com o que esse mundo satânico te oferecia. Trabalhava muito, trabalho árduo. O ganho? POUQUÍSSIMO, mas ele não tinha escolhas, tinha que ser daquele jeito. Ou qual jeito seria? Seu Pai ainda continuava bebendo, enchendo a cara e batendo em sua Mãe. Sua Mãe, não tinha nada para te dar, pois também tinha um trabalho miserável, trabalhava para os ricos, lavava roupas para a burguesia, para ganhar um trocado. Marquinhos teve que deixar os estudos mesmo, teve que trabalhar. Mais ele queria mais, mais, mais... Ele queria se igualhar ao nível dos Plays Boys que ele via. E por que não? mais como? e agora? vai viver sempre naquele inferno até que a morte te levar ou vai arrumar outra forma de ganhar algum trocado que te propicie farras e talvez seja visto como um ALGUÉM? CRIME! Nesses bailes que ele conseguia ir, com apenas o dinheiro da entrada, e com o dinheiro de usar algum entorpecente lá dentro, ele conheceu outros moleques com as mesmas condições de vida que ele. Se aproximaram, curtiram muito, muitos bailes, muitas festas, drogas, bebidas, tretas... Aquilo era pouco, o ser humano é um ser egoísta, e imagina na situação deles. Sempre querer mais. Mais lógico que era pouco. Aquilo, realmente, não estava bom.
     Todo mundo olhava estranho pra ele, sentia preconceito, era humilhado por ser neguinho. Muitas das vezes, mesmo com o dinheiro em mão, era esbarrado nos bailes. Não só ele, mas como seus amiguinhos também. Alguns deles já tinham levado enquadro da Polícia, algumas vezes injustamente. Suas rendas Familiares eram parecidas, todos passavam fome para juntar algum trocado para no final de semana quererem se divertir um pouco. Mulheres? O que é isso? Ele nunca foi tocado por uma se quer. Feio? Talvez, mas garanto que não era o seu rostinho rugoso e seus pesinhos sujos que afastavam elas dele. Eles foram crescendo, Marquinhos já estava com seus 17 anos, seus amigos alguns foram ficando para trás, outros mortos. E alguns entraram de vez para a vida do crime. Esses que estraram no crime, estavam vivendo bem, luxando da mesma forma de que quando eles eram mais adolescentes viam os plays boys luxarem. Com Mulheres, Whisky, Carros... Era isso que Marquinhos queria, seu sonho de ser jogador de Futebol tinha ficado pra trás, pois ele foi crescendo mais sua mente não se adaptava ao meio de vida que ele vivia, aquilo era o INFERNO. Seu Pai, foi morto depois de uma briga no bar, morreu a tiros por outro bêbado. Sua mãe continuava na mesma situação, mas Marquinhos queria viver. Ele veio ao mundo pra que então? Ele queria viver!!!!!!!!!!!! Seus bicos não te propiciava bons finais de Semanas, nem roupas boas, nem uma condição de vida se quer tolerável.  Ganhava muito pouco e tinha que se alimentar, tinha que ajudar a sua Mãe. Via sua mãe chorar todos os dias orando pra Deus pedindo uma melhora em suas vidas. Quem sabe bater na Mega Sena? Marquinhos já não aguentava mais aquele UNIVERSO PODRE. Resolveu ligar para alguns colegas dele que era do crime pediu informações para saber como é que se fazia para entrar naquela vida bandida mais que traz felicidades, por pouco tempo, mas trás. E era isso que ele queria, um pouco de Felicidade. Entrou na vida do Crime, a coleção de postes que ele tinha do Flamengo, agora virou uma coleção de Pistola, Glock, 765... Vendia Drogas das mais leves a mais pesadas. Armas também. Contrabandiava tudo, Celulares, correntes de Prata, Ouro, Carros, Motos roubadas e isso tudo estava te trazendo Dinheiro, muito Dinheiro e consequentemente Mulheres, Whisky, Amigos, ele estava realmente Luxando.. Tinha esquecido um pouco da Pobreza. Mais espera aí.. E sua Mãe? Marquinhos começou a ganhar Dinheiro, e com isso se mudou, quis levar sua Mãe, mas ela não quis ir. Preferiu esperar uma ajuda de Deus a sobreviver com Dinheiro sujo que seu filho estava ganhando. Dinheiro vermelho. Te deu um Forte Abraço e te falou: Filho, que Deus te proteja. Sua Mãezinha te Ama. Marquinhos partiu, sem escolhas se mudou pra Longe. Já tinha deixado de ser um simples menino. Seus 20 anos já se passaram. Depois de uma vida miserável, aquilo pra ele era um paraíso. Até que um dia sua Mãe ficou doente, da maldita doença chamada câncer. Talvéz com o dinheiro que Marquinhos tinha ele pudesse pagar o tratamento adequado que sua mãe necessitava, mas, sua Mãe, preferiu não te falar que estava doente. Preferiu morrer a ter o tratamento para sua doença com o Dinheiro sujo que seu filho estava ganhando. Era uma senhora cheia de Fé. E essa Fé, ela levou pro Caixão junto com ela. Foi isso, perdeu sua Mãe querida. Depois de alguns dias depois foi que ele ficou sabendo. Ele sabia que ele era o único que estava vivo daquela Pobre Família. Lógico, ele tinha muitos Familiares, mais não os conhecia. Foi criado sozinho, convivendo com a solidão, carência, odio, desprezo, choros.. Um turbilhão de sentimentos ruins que fazem qualquer coração bom se tornar um coração frio, impiedoso. Mas, de certa forma, ele estava vivendo bem. Não queria saber de onde vinha e como vinha o Dinheiro, queria saber se ele tinha. Queria saber do seu poder diante daquele território. Nessa vida, ele reencontrou alguns colegas de festas quando eram jovens, relembrou "bons" momentos da sua infância, e esses colegas estavam na mesma vida que Marquinhos estava levando, foram criados da mesma forma, e hoje, são simplesmente psicopatas vitimas de uma sociedade falida. Sangues Frios. Suas infâncias fizeram aqueles garotos sonhadores se transformarem em malditos monstros sem cabeças. O que vale é o "POOOOOOOOOOOOOODEEEEER", independente de como ele venha, cada um por si, e talvez, Deus por todos. Quando crianças, nas festa faziam 'vaquinhas' juntavam seus trocados para se divertirem juntos, pois o dinheiro de cada um era pouco. Cooperação. Hoje não, eles querem tomar o que você tem, se possível até sua Alma. Competição. Competição para ganhar territórios, e assim o seu Trafico aumentar, aumentar, aumentar... Até, até, até... Sei lá. O Status, o Status fala muito alto nessa vida. Marquinhos já estava financiando campanhas de políticos, ajudando muitas e muitas Famílias necessitadas. Pois ele não queria mais ver ninguém próximo a ele vivendo aquilo que quando criança viveu. Muitos Traficantes morriam por dia na mão da Policia, do Estado. E ele sabia que qualquer hora poderia ser a sua vez, inimigos nessa vida é o que não falta. "Amigos" também, mas FALSOS. Amigos da ONÇA. O tempo se passou e ele continuou naquela montanha Rússia, altos e baixos. Não tinha como abandonar aquela vida, e mesmo assim, ele estava bem daquela forma. Até que um dia com uma operação Policial estipulada pelo Estado, o Policiamento invadiu seu Território, depois de horas de trocas de tiros a Policia invadiu sua casa e te matou a queima roupa. Foi o fim de uma família pobre, inocente, que no fim, só queria ser feliz!


   
     Histórias como essa, sempre haverá, em um País onde a democracia é apenas tinta de Lapís Monte Castelo. Não saí do papel. Onde 'Poderosos' precisam de nós, com nossos sonhos para receberem lucros exorbitantes em cima desses humildes sonhadores. Uma Demagogia propagada por eles em cima de um Palanque, que faz a cabeça de todos e no final só dar em merda. NADA.
   
     E tudo que relatei chego a uma conclusão e uma dúvida cruel ao mesmo tempo. "ABORTO" Pensem.. Ou você mata o Feto sem o fazer sofrer e viver em um mundo de Utopias? Ou você deixa-o se ludibriar desde pequeno por sonhos difíceis de se realizar, melhor dizer, impossíveis. E que talvez esses sonhos se transformem em Pesadelos.. Ser mais um membro dessa multidão sem cabeça e coração. Até o Estado vir e Matá-lo? Duas escolhas, e um só caminho. MORTEE!!


Obrigado!
TCHAU, THAYGO CARLOS!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

        Ainda é de manhã, o sol já esta com sua temperatura elevada. Já da pra senti os raios solares nos agredir. Hoje acordei muito cedo, inclusive mais cedo do que costumo, não quis ir pra aula, derrepente  pensei em ir à Academia, mas não. Fiquei aqui e me veio a vontade de escrever um pouco. Tomei a decisão de vir aqui pro pc, abrir meu blog e despejar minhas idéias nele. Muitos devem dizer: Pra que ele escreve isso, deve achar que vai ficar famoso com esses textos/Poesias escrotas que ele cria. Mas não é nada disso, me sinto melhor cada vez que descrevo meus sentimentos, independente se tem muitos ou poucos
leitores lendo. Deixa pra lá.. Preciso me livrar de certas coisas que estão me regredindo, e preciso me dedicar mais as coisas que vão contribuir para o meu Futuro. Abstinência em certas coisas, destruir para reconstruir é a lei da vida. Sem medo do passado, vivendo bem o presente, e planejando colher bons frutos no Futuro, viva. É isso, aceite covardias, engula sapos, seja ignorado por quem você não ignoraria. Abra sua Net, olhe quantas e quantas notícias do seu mundão vão entrar em sua casa, e possivelmente nas nossas minúsculas mentes. Olhe como andam as pessoas, a cada dia ficando mais Patéticas, idiotas, sempre aceitando o padrão de vida que a sociedade impõe, seguir a moda, sempre esteve na moda. Em que navio estamos? pra onde estamos indo? pra onde estão nos levando? Estou com medo! Será que as pessoas conseguem ser mais idiotas do que já são? O que elas querem? uma nova novela? uma Histórinha de amor? nao sei.
        As pessoas se tornam cada vez mais Robóticas e Plastificadas a cada dia que se passa. Condeno muitas coisas que eu queria ver mudar, mas confesso, eu já fui parte delas. Até hoje, sem querer, automaticamente, por impulso, me vejo dentro delas. Mas no outro dia voltamos a realidade, e aí, quem é quem? o que nutrimos para o nosso bem?
        O que seria se não fosse minha Família, meus pouquíssimos amigos, eu não seria ninguém mesmo, né não?! Pensando bem, pessoas com gostos como o meu, aqui é difícil manter sua personalidade com tanta pressão, principalmente exteriormente. Você sempre vai gostar das mesmas coisas, curtir as mesmas coisas.
Mas nunca vai ter a oportunidade de ir à algum evento que te propicie aquilo que você gostaria de participar. É uma encruzilhada, a onde qualquer caminho que você tomar, vai te levar as mesmas e mesmas coisas. Mas e daí? é o que tem pra nos oferecer, se não aceitarmos isso, o que vamos aceitar? É difícil tomar uma decisão na qual seja o seu ponto de vista, e se privar de tudo que nos impõe, você também é um ser humano, precisa se libertar um pouco. Só ah um caminho, e você vai seguir ele por falta de alternativas. Ou vai se trancar e se abster de milhares de pessoas? mesmo você sabendo que você vai com a cara de POUCOS e talvez esses poucos não vão com a sua também? Aonde você rir da cara de pessoas escrotas, que acham que são a ultima bolacha do pacote. O que pra muitos é Humor, pra mim é Palhaçada. O que pra muitos é bom, pra mim é péssimo. O que pra muitos é inteligência, pra mim é idiotismo. O que pra muitos esta no alge, pra mim está no fundo do posso. O que pra muitos tem importância , eu num sei nem se existe. É isso...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Se imagine dentro de uma Caverna, aonde ah mais Escuridão do que Luz. Onde os Morcegos são seus Familiares, mesmo sabendo você que qualquer dia/hora, algum deles podem te fazer um ataque. Onde Aranha, Baratas, Ratos, insetos nojentos  e venenosos completam seu ciclo. Um lugar sem segurança nenhuma, lá fora existe animais Carnívoros, e pra sua sorte, eles estão muito Famintos. Eles comem uns aos outros para garantir sua sobrevivência. Aonde o maior vence o maior por questão de detalhes, onde o maior vence o menor por questão de Poder, e assim vão fazendo de seu Habitat um lugar mais seguro pra cada um viver. Traga isso pra sua realidade. Há diferenças? Ah vida Selvagem já não tem tanta diferença com a Vida Humana. Em que mundo vivemos ?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Toma o meu lixo

Tenho em mim a crueldade também. Tenho um copo de suco de laranja com veneno de matar rato. Tenho uma pistola automática engatilhada diante da têmpora. 
Tenho trevas e desejos de vingança. Tenho o gosto da morte na ponta da minha língua. Tenho escuridão dentro dos meus olhos. Tenho uma navalha escondida, 
pronta para lhe cravar na gengiva. Tenho um monte de planos de destruição em massa. Tenho cenas prontas de torturas que gostaria de praticar. Tenho nojo. 
Tenho ódio. Tenho pesadelos com a minha morte. Tenho dor. Tenho medo. Tenho pensamentos suicidas. Você já imaginou ter o privilégio de escolher a própria morte?
Por asfixia? Overdose? Um salto ao além? Uma explosão de pólvora que espalhe seus miolos para todos os lados? Que não seja para chamar atenção, seja real e 
verdadeira. São texturas da vida que as pessoas escondem. O medo da loucura.

Já imaginou se entregar completamente a ela? E não ser obrigado a colaborar com esse mundo imbecil? Traçar uma realidade paralela e ignorar todo o resto. 
Ignorar as responsabilidades, as contas, as amizades, os amores, os filhos, a beleza que se pode encontrar em meio a tanta podridão. Isso é crueldade. É egoísmo.
É ter consciência de que centenas, ou apenas umas dez pessoas sofrerão muito com uma decisão radical. Mas e se você desprezá-las? E se ignorar tudo que fez até
hoje, o que conquistou, o que conseguiu, o que nutriu naqueles que te amam. É a maldade. O pensamento insano. A parte mais imunda que temos dentro de nós e que 
ocultamos cuidadosamente dentro de um cofre.

Tenho em mim todos estes pensamentos, estes desejos, e reconheço que isso pode soar absurdo. Pode ser agressivo. Inclusive desnecessário em sua exposição. 
Que diferença  faz? É o choque. É me imaginar deitado dentro de uma banheira onde o sangue e a água se misturam. Onde a vida se esvai sem que ninguém possa 
socorrer. O limite entre o que é real e as alucinações que vem com o frio. É a cena de horror. Há esse lixo todo dentro de mim no momento.

Uma vontade enorme de me comportar como um idiota. De fazer com que o leitor se sinta indignado com tamanha falta de respeito. É como disparar bombas em ônibus
escolares. É como atravessar um cruzamento com o farol fechado e se chocar contra um caminhão em alta velocidade. Ouvir o zunido do fim. O último olhar, o último
ar a ser recebido pelos pulmões. Há toda essa fantasia mórbida vagando pelo meu cérebro. E repare que não existe qualquer compromisso com o bom senso. 
Não há qualquer interesse que não seja o de ofender. De machucar, de triturar qualquer sentimento de compaixão. Não quero o torpor da pena alheia, muito menos 
palavras de carinho ou incentivo. Quero vomitar a última gota de fezes no caminho reverso, e fazer com que todos sintam o cheiro de bosta escorrendo pelo nariz. 
Infestando o ambiente com o odor da putrefação de minhas idéias mais bizarras. E navegar na desordem que estes pensamentos possam causar em ti. Tornar 
insuportável a continuação desse texto e ao mesmo tempo estimular a sua curiosidade que parece ser tão podre quanto tudo que relatei a cada linha. Somos iguais
em desgraça, como disse certa vez o poeta. Não quero sua piedade, quero seu pavor. Seu terror.

Textos de amor e poesias repletas de palavras bonitas, você já se acostumou a ler e me arrisco a dizer que talvez não lhe cause tantos sentimentos. Agora 
experimente o desconforto, e confronte uma face completamente improvável de ser retratada publicamente por uma pessoa que você pensa que conhece.

Chegamos ao fim.

Isso também é uma arte.

Ou não é?